domingo, 15 de abril de 2012

S(he) Be(lie)ve(d) - 16º capítulo


S(he) Be(lie)ve(d) - Pretending


 Seus lábios eram doces, porém, cheios de vontade. E eu continuava desacreditada que isso estava acontecendo. Até o ano novo eu tinha um amor incondicionalmente e eterno de Belieber por ele, no entanto, cá estou eu, dias depois, agora incondicionalmente apaixonada por ele. Porque eu sabia que essa sensação de lar doce lar toda vez que estava com ele não era simplesmente porque ele é a mais maravilhosa companhia e uma pessoa incrível, e sim, porque eu o queria.
 Eu poderia simplesmente curtir o momento, cada segundo que eu estava tendo a oportunidade de ter, mas eu não conseguia. Porque milhões de pensamentos invadiam a minha mente. Será que ele sente o que eu sinto? O que vão pensar se nos virem assim com ele tendo uma namorada? O que ele pensa que está fazendo, me deixando tão envolvida assim quando ele tem a Selena? O que Selena é capaz de fazer se descobrir? E se algum paparazzo flagrar algo e simplesmente tirar conclusões e publicá-las? Eu queria fugir disso. De todas essas perguntas na minha cabeça, de tudo a minha volta e deixar com que apenas eu e Justin existíssemos. Mas era impossível.
 Nosso ar foi embora mais uma vez, então desvencilhamos nossas bocas, mas permanecendo com nossas testas coladas uma a outra.
 — Você parecia distante agora... — ele disse beijando o canto da minha boca.
 — Nós não podemos fazer isso. — me afastei um pouco mais. — Nós não podemos simplesmente fingir que é simples desse jeito. Que o mundo só sumiu a nossa volta. Não podemos continuar achando que isso é normal, que pode acontecer, porque não pode. — eu disse baixo, me afastando ainda mais e abaixando minha cabeça. Minha garganta parecia ter uma rolha dentro, de tão entalada que estava.
 — Porque você simplesmente não deixa isso acontecer? — Justin disse com a voz em tom nervoso enquanto eu me sentava em um dos sofás e encarava as pistas.
 — Porque é errado Justin. Você tem uma namorada, eu sou apenas uma fã e você tem muito a perder se continuar com esse jogo.
 — Não é um jogo, droga. — ele parou a minha frente, tampando minha visão, levantando as mãos ao alto e logo depois as parando na cintura, de modo irritado. — Eu gosto, com toda a minha alma de você... — ele se aproximou e ficou de joelhos a minha frente. — Você é que não pode fingir. Fingir que não ta acontecendo nada, fingir que isso. — ele tocou em meu rosto e o acariciou, olhando no fundo dos meus olhos. — não significa nada.
 — Eu sei o que eu to dizendo, Justin! — levantei irritada, com o bolo ainda presente em minha garganta. Mas eu não choraria. Não aqui, não agora, não na frente dele. — Você é quem tem que parar de fingir. — eu saí andando em direção a saída do boliche.
 — Aonde você vai?! — ele perguntou nervoso, com um leve tom de preocupação na voz. O ignorei e continuei andando. Eu só queria ir pra casa agora.

[...]

 Não foi muito difícil encontrar um taxi e chegar em casa. Por sorte, eu sabia onde ficava e também havia trago algum dinheiro no bolso, podendo assim pagar.
 Agora eu estava tomada banho e deitava na minha cama, certificada de que a porta estava trancada, todas as luzes desligadas e meu corpo completamente coberto pelo quente edredom, encarando o completo breu a minha frente. Deveria passar pelas oito da noite. Quando entrei, não havia ninguém em casa e Justin não chegou até agora também.
 As lágrimas escorriam pelo meu rosto sem a minha permissão. Eu estava vivendo um sonho e isso é verdade, mas, algumas coisas estavam tirando o meu sono, minha mente do foco. Na verdade, não eram coisas, era uma coisa. Uma pessoa. Justin Bieber.
 Eu estava com meu fone de ouvido desde que deitei na cama — cerca de uma hora atrás. Deixei no aleatório, no entanto, só caiam músicas que me deixavam ainda pior.
 Começou a tocar Pretending, do Glee, e então comecei a cantar baixinho, quase não controlando a minha boca, pois a música parecia ter sido escrita para o que está acontecendo agora.

Glee – Pretending

 Face to face, and heart to heart
We’re so close, yet so far apart
I close my eyes, I look away
That’s just because, I’m not okay

But I hold on, I stay strong
Wondering if, we still belong

Will we ever, say the words we’re feeling?
Reach down underneath it
Tear down all the walls
Will we ever, have a happy ending?
Or will we forever, only be pretending?
We will a-a-a-always, a-a-a-always, a-a-a-always be… Pretending

How long do I fantasize
Make believe that it’s still alive
Imagine that I am good enough
If we can choose, the ones we love
But I hold on, I stay strong
Wondering if, we still belong

Will we ever, say the words we’re feeling?
Reach down underneath it
Tear down all the walls
Will we ever, have a happy ending?
Or will we forever, only be pretending?
We will a-a-a-always, a-a-a-always, a-a-a-always be…

Keeping secrets safe
Every move we make
Seems like no one’s letting go
And it’s such a shame
‘Cause if you feel the same
How am I supposed to know?

Will we ever, say the words we’re feeling?
Reach down underneath it
Tear down all the walls
Will we ever, have a happy ending?
Or will we forever, only be pretending?
Will we a-a-a-always, a-a-a-always, a-a-a-always be pretending?


 Mais algumas lágrimas teimaram em cair, mas as sequei. Eu queria ser forte, mas eu precisava chorar. Meus olhos ardiam e eu sabia que seria levada logo pela inconsciência, com meu rosto e travesseiros completamente encharcados pelas lágrimas de dúvida e chateação que teimavam em me perseguir.

[...]

 Meus olhos se abriram com dificuldade, como se estivessem presos com fita isolante, mas percebi que eu não enxergava nada, pois estava completamente escuro a minha volta. Minha cabeça martelava enquanto meu celular tocava incessantemente e batidas fortes na porta permaneciam no ritmo, sem parar.
 Me sentei na cama devagar, sem pressa alguma. Abaixei o edredom e levei minhas mãos aos meus cabelos, os colocando para trás já que até então, eles estavam quase todos no meu rosto. Olhei para os lados e a única luz visível era a do meu celular quase caindo da cama ao lado do travesseiro. Eu sentia meus fones do lado da minha coxa, já desconectados do celular, como sempre acontecia quando eu dormia com eles. Os peguei e coloquei no criado mudo e logo em seguida peguei meu celular. As batidas na porta continuavam, intercalando entre três batidas e um "Bia, abre essa porta, por favor". Eu sabia quem era.
 Me foquei com dificuldade no celular e vi que haviam trinta ligações, todas de Justin e que já eram onze e meia da noite. Levantei-me lenta e caminhei, com a ajuda da luz do celular até a porta. A destranquei e a abri, nem ao menos olhando pra frente e voltando a sentar na cama e me cobrir com o edredom. A porta foi fechada e a luz ligada, enquanto eu apenas abaixei minha cabeça, a mesma explodindo de dor, porque meus olhos doíam ao se acostumar com a luminosidade.
 — Você esqueceu isso no boliche. — Justin disse colocando a sacola no meu colo.
 — Obrigada. — sussurrei.
 — Por que você foi embora? Porque você demorou tanto pra abrir a porta? — ele perguntou baixo, mas nervoso, se sentando de frente pra mim.
 — Porque eu estava dormindo. E eu não queria discutir com você. — disse a primeira coisa que me veio à mente.
 — Você sabe que ta errada. — eu sentia seus olhos em mim, mas não queria levantar a cabeça.
 — Você que ta errado, Justin! Não é assim tão fácil. Eu já havia deixado bem claro que isso não poderia acontecer. Você tem namorada, eu sou uma Belieber, eu sou sua amiga... Eu não quero perder isso nunca na minha vida. — eu levantei meu olhar e o encarei.
 — Mas...
 — Mas nada. Isso não vai se repetir.
 — Eu não quero mais discutir, então eu vou fazer o que você ta pedindo. Mas não significa que eu aceite ou concorde.
 — Não preciso que você concorde. — sorri.
 — Que feio isso. — ele riu. — Mas nunca se esqueça de que foi especial pra mim.
 — Então, o que a gente vai fazer hoje? — sorri de lado mudando de assunto.
 — Vamos curtir o seu iPhone. — ele sorriu fraco.


Uma semana e meia depois


 Nada poderia estar melhor.
 Os dias passaram voando, mas eu aproveitei cada um deles. A tensão que havia entre eu e Justin havia se dissolvido como Nescau no leite e estávamos tão bem como nunca estivemos. Believe parecia estar indo a um ritmo alucinante e Mama, eu e meus meninos estávamos a todo o vapor. Talvez eu lançasse um single em breve, ou algo do gênero, mas ainda se era muito abstrato. Eu me sentia como uma pedra de diamante bruto sendo ainda muito bem lapidado. Eram dias seguidos de dias com treinamentos vocais, ensaios, e mais um monte de coisas que me surpreendiam e me deixavam sem reação. Eu não queria que houvesse um fim.
 Conversei com Alicia e mamãe frequentemente, e minha mãe desacreditava no que estava acontecendo comigo. Eu estava, aos poucos, convencendo-a de que os Estados Unidos era o melhor lugar do mundo, não só para se morar, como para a minha futura talvez carreira. A verdade era que eu queria que viéssemos morar aqui de vez. Ela tinha um ano para aceitar isso e se organizar, enquanto eu torcia para que isso acontecesse.
 Alicia estava muito feliz por mim, também. Estava feliz por estar com sua mãe e Luke estava entrando em colapso por eu estar tendo essa chance de ouro.
 Ontem em especial foi um dia incrível — finalmente conheci com quem eu trabalharia e não era nada menos que os Jonas Brothers. Justin pareceu não ter ficado muito feliz, pelo fato acho que de Nick já ter namorado Selena, sem contar o lance da sigla JB que era usada por ambos, mas eu estava pouco me lixando, pois estava em êxtase por trabalhar com pessoas tão lindas e talentosas.
 Os meninos me ajudariam na produção do meu CD. Mama disse que eles eram simplesmente perfeitos para isso e eu não tinha nenhuma dúvida. Eles também fariam uma música comigo e por isso eu estava pessoalmente ansiosa.
 Hoje o dia foi extremamente corrido, mas eu me sentia cada vez mais madura e sábia sobre a música. Os meninos me ajudavam demais, dando dicas atrás de dicas sobre tudo.
 Cheguei exausta em casa e fui direto para o chuveiro a fim de tomar um banho que me relaxasse por completo, mas eu sabia que não dormiria tão cedo. Eu e Justin criamos uma rotina gostosa e viciante. Jogar vídeo game, ver filme e ficar no twitter antes de dormir se tornou uma regra para nós dois e fazíamos isso todos os dias, sem exceções.
 Depois de me sentir renovada e limpa, vesti meu pijama — outra regra da minha rotina com o Bieber — e fui em direção a cama, secando o meu cabelo recém lavado.
 Justin entrou no quarto e sorriu feliz.
 — Pode tirando esse pijama. — disse ele super animado.
 — Que isso menino? O.O
 — Não, não... Não é desse jeito que você ta pensando. Claro se você quiser, eu não me importo, você sabe... — ele disse rindo maliciosamente. Éramos verdadeiros melhores amigos. Nos zoávamos demais, tínhamos muita intimidade e eu estava absurdamente feliz.
 — Tarado fela da mãe. — eu disse rindo junto com ele. — Mas pra que eu vou ter que tirar a roupa que acabei de vestir? — fiz bico.
 — Nós vamos curtir a noite... fora. Vamos jantar e depois curtir a madruga na balada. It’s Friday, Friday. — ele começou a dançar rebolando e girando enquanto eu ria alto. Era um bestão mesmo.
 — Ta, okok. Então sai que eu vou me trocar, vadio. — sorri enquanto ele saia ainda rebolando enquanto eu ria demais. Ele era idiota, tosco, besta, mas era o melhor, mais lindo, mais fofo, mais tudo de bom de melhor amigo que se podia ter. E eu me sentia a garota mais sortuda do mundo.


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Eaaaaaaaaaaaaaaaaaaaae, manolas mias U_U
Que lindas vocês, meu Deus! Eu piiiiiiiiiiiro nos comentários e no apoio e no carinho que vocês têm, não só com a #IB, como comigo mesma. Não há leitoras mais especiais nesse mundo, tenho absoluta certeza.
Esse capítulo foi cheio de reviravoltas, mas eu acho que ficou bom... Bem, vamos ver o que eu enfio no próximo u-u
Vou correndo ir fazer o look da noite e escrever mais pra não atrasar pra postar!
AMO VOCÊS MAIS QUE O CÉU E COCA-COLA
COMENTEM DEMAAAAIS, POR FAVOR *-*
Beijos e queijos com vinho,
@telih_moura.

5 comentários:

  1. Tali, ta maravilhoso! esse cap ta enorme, hein? adoooooooogo! amo essa relaçao de melhores amigos entre os dois, é tao divertido e fofo ao mesmo tempo. AUHSUHAUASH ri demais: :"pode ir tirando esse pijama" e a cara da bia: O.O . AUHUAHUAHAHHUHA #risoseternos. contando os segundos pro proximo cap...uma balada sempre acontece as mais inesperadas coisas. #triplamenteansiosa. enfim, eu amei esse cap como todos, esta realmente perfeito. beijos minha diva <3

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  2. Talis, que perfeito esse capitulo!!!! Amei!!
    Awwwn é taoo fofo essa relaçao dos dois juntos.... Ri demais com esse final, hahah!!! Hmm balada em?? Haha!!
    Voce é melhor escritora, sério, as palavras que voce usa, sao incriveis, eu amo!!
    Continuuuuuuua, to muiiiiiiito ansiosa!!!

    beijooooooooooos <3

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  3. aannw que niindoo *-* esse capitulo foi tenso u.u kk' continua logoo ;) bjbj

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  4. Amei ta perfeto
    Não demora mais hein? Fico preocupada
    bjs

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