S(he) Be(lie)ve(d) - 14º capítulo

S(he) Be(lie)ve(d) – Demi Lovato

 Ouvi o meu despertador tocar incessantemente o maldito toque que eu havia colocado quando ainda estava no Brasil, porque infelizmente eu só acordava na base de chingamentos por lá, diferente daqui, que acordo quase dando saltos de gazela de felicidade. É, isso é tenso demais, meu Deus.

 Me desvencilhei de leve do abraço de Justin — que mesmo através da madrugada me prendia forte. Estávamos de conchinha, o que seria lindo se ele não tivesse que sair agora mesmo e ir para o seu quarto antes que a mãe dele ou qualquer outra pessoa nos pegasse assim.

 — Jus, acorda. Você tem que ir pro seu quarto. — sussurrei.

 — Mais cinco minutos, mãe. — ele disse se virando grogue pro outro lado, abraçando o travesseiro. Ri baixo.

 — Justin, acorda. — o sacudi de leve.

 — Não quero, não quero. — ele falou que nem um bebê, se forçando ao sono de novo.

 — Justin Drew Bieber, levanta dessa cama agora. — eu comecei a ficar irritada. Eu realmente estava morrendo de medo de alguém nos pegar assim. Ele não respondeu e então eu decidi que tomaria uma atitude drástica. Me levantei da cama. No canto do quarto em frente à cama havia um pufe preto com algumas almofadas em tons diferentes de bege e marrom ao redor. Peguei três almofadas e voltei em direção à cama. Subi com certa dificuldade, mas consegui ficar ao lado atrás do Jus.

 — Acorda, Justin. — falei não mais sussurrando e sim, em tom normal, batendo com as almofadas em sua cara. Dane-se. Ele tinha que acordar.

 — Quem morreu? — ele disse assustado, com os olhos esbugalhados e então, como estava já na ponta da cama, se desequilibrou e caiu no chão. Mas é tão idiota que bateu a cabeça no criado mudo. Desci da cama e ele estava no chão com a mão na cabeça. — Porra, Bia, tinha que me acordar assim? — ele disse fazendo bico, com os olhos miúdos de sono, se balançando de um lado ao outro, enquanto sua cabeça eu sabia que doía.

— Desculpa, mas você não acordava e eu precisei tomar uma atitude. Você tem que ir pro seu quarto antes que alguém entre aqui e te veja, poxa. — eu disse me segurando ao máximo para não rir.

 — Okok, mas seja mais gentil, bobona fail.

 — Sorry. — sorri amarelo.

 — Até daqui a pouco, atentada. — ele disse enquanto eu o ajudava a levantar.

 — Até, feioso. — eu disse e ele seguiu cambaleando porta a fora.

 Arrumei a cama — que estava um completo desastre e eu e Justin éramos os culpados. Ambos se mexiam exageradamente e eu realmente não sei como ele não havia caído da cama antes. Abri a janela e vi que hoje, diferente de ontem, estava bem friozinho. Ok, Los Angeles, você é bipolar.

 Depois de organizar o quarto fui ao banheiro tomar um banho. Me despertei por completo e voltei ao quarto, completamente indecisa sobre o que vestir. Além de ter essa feição por moda, estar nos Estados Unidos e andar com Justin Bieber me deixavam no estado de nervos de sempre querer estar, confortável, porém, bem vestida.

 Vesti uma calça jeans de lavagem clara, um moletom marrom bem acinzentado com a inscrição "I Love Metal" e um Converse roxo. Coloquei uma touca bege, um colar e uma pulseira e me sentia bem. Não me maquiei, apenas passei algumas coisinhas para tirar a olheira e diminuir as minhas espinhas, que eram um tormento não só pra mim, mas pra muitas garotas.

 Saí do quarto e não avistei ninguém no corredor. Desci as escadas e vi que Kenny assistia TV na sala.

 — Bom dia, Kenny. — disse indo em sua direção e lhe depositando um beijo na bochecha. Ele era tão fofo. Eu o amava por cuidar tão bem do Justin e realmente se dedicar a ele. Era sem dúvida alguma, o melhor segurança do mundo.

 — Bom dia, baixinha. Dormiu bem? — ele sorriu para mim.

 — Sim e você?

 — Como um bebê. — disse enquanto eu ria. — Gostei da roupa.

 — Obrigada. Tem mais alguém acordado?

 — Pattie está na cozinha.

 — Obrigada de novo. — disse enquanto ia para a mesma.

 Ao chega na cozinha, Pattie terminava de preparar o café da manhã.

 — Bom dia, Pattie.

 — Bom dia, Bia.

 — Precisa de ajuda?

— Se quiser, pode me ajudar a arrumar a mesa. — ela sorriu.

 — Claro. — sorri de volta.

 Peguei a toalha de mesa que estava em um balcão abaixo de um dos diversos armários e forrei a mesa. Fui até os armários de volta, procurando o restante das coisas.

 — Você é muito especial, sabia, Bia? — ela disse enquanto eu pegava os pratos e talheres e levava-os a mesa.

 — Por que está dizendo isso, Pattie?

 — Eu nunca vi alguém como você. Você é tão simples e verdadeira. Não se pega a aparências, não se acha. Eu sinto que você só traz paz e coisas boas aqui...  Pro Justin. Eu realmente estou encantada por você. — ela disse trazendo o café.

 — Nossa, Pattie... Acho que, além da minha mãe, ninguém nunca havia dito algo tão doce assim pra mim. Eu te admiro muito, muito mesmo. Além de ser mãe de uma das pessoas que mais me inspiram nesse mundo, você sim é especial. Passou por coisas que algumas pessoas jamais aguentariam passar e criou uma das pessoas mais lindas interiormente que já vi na vida. Você é realmente uma mulher incrível. Muitas Beliebers te consideram sogra... — eu disse enquanto ambas ríamos — porém, eu sempre te vi como uma verdadeira mãe de todas nós. Porque mãe é aquela que cuida da nossa vida, e você cuidou e continua cuidando maravilhosamente bem do Justin. — sorri envergonhada.

 — Awn, querida... Eu acho que... Na verdade não, eu nunca ouvi alguém dizer algo tão... Verdadeiro e lindo assim dele. Você é realmente uma Belieber. É uma pena que existam tantas... É poser né?

 — É sim. — ri.

 — Eu queria tanto que ele encontrasse alguém assim como você e não como...

 — Ele quem, Pattie? — perguntei confusa.

 — Justin. — ela sorriu triste. — Selena é uma ótima menina. E eu sei que Justin a ama de verdade. Mas eu não tenho... Um bom sentimento por ela. Não consigo colocar na minha cabeça... No meu coração, na verdade que é ela a menina certa pra ele. Eu sei que eu não mando no coração dele, mas... Esquece; é apenas paranóia de mãe.

 — E de mais milhões de Beliebers. — ri de novo enquanto ela me seguia. — Mas eu fico feliz apenas de vê-lo feliz, independentemente se minha opinião é contrária a dele. — sorri fraco. — Bem, acho que já está tudo pronto. — disse quando acabamos de colocar os dois últimos pratos de panquecas.

 — Sim, sim. Você poderia acordar Justin pra mim, querida?

 — Sem problemas, Pattie. Quer que eu acorde Fredo também? — perguntei indo a pia, lavando minhas mãos e as secando.

 — Sim, seria ótimo. Vou acordar Scooter.

 — Ok. — eu disse enquanto ia em direção ao segundo andar.

 Andei pelo corredor e continuava vazio. Eita povo dorminhoco, meu Deus. Parei em frente a porta de Justin e bati algumas vezes. Ok, ele continuava dormindo. Peguei na maçaneta e vi que a porta estava aberta. Entrei em seu quarto e ele dormia feito um anjo, de bruços. Dó de acordar, sim ou claro?

 Fechei a porta e caminhei até ele. Sentei ao seu lado com cuidado na cama e eu me sentia em êxtase. Como eu podia ser tão sortuda? Eu merecia tudo isso mesmo?

 Levei minhas mãos aos seus cabelos, receosa. Era quase involuntário. Num instante apenas o admirando e no outro, fazendo um leve cafuné em seus cabelos macios. Era impossível controlar minhas ações.

 Justin então se remexeu na cama, ficando de frente ainda se mantendo com os olhos fechados. Levou então sua mão direita a minha esquerda, que ainda permanecia em seus cabelos e a acariciou.

 — Eu queria acordar assim todos os dias. — ele falou lento e com a voz rouca de sono e eu me arrepiei, involuntariamente. Abriu os olhos de leve e ainda sim, eles ficaram minúsculos devido ao sono.

 — Bobo. — sorri me aproximando e lhe dando um beijo na bochecha. — Bom dia, Bieber.

 — Bom dia, Bia. — comecei a me levantar, porém, ele me puxou e eu caí em cima dele.

 — Mas o que vo... — ele me calou me dando um beijo. Sua boca estava quente e era quase impossível me desvencilhar. Sua mão direita foi para a minha nuca me puxando para mais perto, afim de aprofundar o beijo, mas eu fugi me soltei de sua boca.

 — Não Justin. — sussurrei com a respiração entrecortada.

 — Por... — ele juntou suas sobrancelhas em confusão.

 — Você sabe que não podemos fazer isso e você nem escovou os dentes ainda, de qualquer modo... — mostrei a língua, mas nossas testas estavam grudadas e ele se aproveitou disso para mordê-la. Deu um tapa em seu braço e me levantei enfim, indo até a janela e abrindo a cortina e ela em seguida, deixando a luz exterior invadir o quarto brutalmente.

 — Porra, Bia...

 — Porra merda nenhuma. — mostrei a língua. — Você tem que acordar que tem muito o que fazer hoje. Agora tira essa bunda gorda da cama e vamos descer pra tomar café, vou acordar Fredo. — disse caminhando até a porta. — E se voltar a dormir eu jogo água gelada em você, sem dó. — sorri docemente, e saí do quarto, rindo que nem uma bobona.

[...]

 Ao chegar no estúdio, Mama disse que passaria a manhã completamente se dedicando a mim e meus meninos e apenas um pouco da tarde e então não apenas nós, como toda a Bieber Team seria dispensada.

 Nos encontrávamos agora sentados no chão do nosso pequeno estúdio, discutindo coisas sobre como formaríamos tudo.

 — Vocês serão uma banda ou o que... ? — perguntou Mama.

 — Não. — disse Alex decidido. — Eu ainda conversei com os meninos ontem sobre isso e não seremos uma banda... Seremos a banda da Beatrice. Ela é a grande estrela. — ele sorriu para mim. — E nós realmente nos sentimos incríveis com isso. Gostamos de estar mais escondidos.

 — Então será apenas Beatrice Fabray?

 — Sim. — disse Alex por todos nós. Eu estava surpreendida.

 — Eu estava pensando... — Mama levou suas mãos ao queixo — Por que não um nome artístico? — ela olhou pra mim e sorriu. — Beatrice é um nome lindo e eu adoro o sotaque francês... — continuou sorrindo. — Mas, não sei... Parece que falta alguma coisa.

 — Bem quando eu era pequena eu tinha um... Mas é muito bobo. — eu ri de leve.

 — Ah, eu aposto que não é nada bobo. — disse Mike.

 — É sim.

 — Vai, fala, Bia.

 — Okok... É Demi Lovato. Eu disse. Bobo. — ri de novo.

 — Meu. Deus. — disse Mama me olhando e abrindo um imenso sorriso. — Esse nome é incrível!

 — Não é tão bom assim...

 — É sim! Muito bom mesmo! Com toda a certeza, agora você se chama Demi Lovato pra mim! — ela disse enquanto nós ríamos.

 — Eu o achei incrível também, Bia! Muito, mesmo! — disse Kevin sorrindo.

 — Obrigada.

 — Bem, então esse é o nome e ponto. O que acham de... — e então nossa pequena reunião continuou por um longo tempo.

[...]

 Depois de conversas e mais conversas sobre diversas coisas, almoçamos e pudemos ensaiar um pouco antes de sermos liberados. Eu me sentia aliviada. Essa rotina estava cansativa, mas eu não estava arrependida de absolutamente nada. Cada minuto aqui estava sendo incrível. Uma chance em um milhão.

 Saí da sala depois que todos já haviam ido embora, pois estava um pouco concentrada escrevendo uma música nova. Eu não sabia exatamente o porque, só sentia enquanto escrevia.

 Justin me esperava no corredor e sorriu imensamente ao me ver. Sorri de volta, como se fosse impossível não fazê-lo e segui em sua direção, o dando um abraço e um beijo estalado no rosto.

 — Como foi seu dia? — ele perguntou passando seu braço direito por meu troco.

 — Foi cansativo, mas bem produtivo... E o seu?

 — O mesmo. — ele sorriu enquanto entravamos no elevador.

 — Vamos aproveitar a tarde, nós dois?

 — Claro. Mas vamos fazer o que? — o olhei.

 — Conhecer mais de L.A, baby. — disse e eu ri.

[...]

Jonas Brothers – L.A Baby

http://www.youtube.com/watch?v=WqFsBfdGEXc&feature=related

 Justin disse que iríamos primeiro ao shopping. Já havia mandado fechar e nenhum Paparazzo nos incomodaria, enquanto eu me sentia muito confortável com isso. Eu não queria nem ao menos correr o risco de Selena ver alguma foto e interpretar de forma errada e depois, querer vir falar alguma merda. Aliás, não só ela, como todo o mundo.

 Chegamos logo ao shopping. Conversávamos demais e nossa conversa se baseava em coisas banais e parecíamos dois melhores amigos de anos e anos. Ele agora me fazia um bem ainda maior. Eu me sentia em casa, feliz. E minha mente me lembrava disso a cada minuto. Mas, muito mais importante do que isso, muito mais significativo era o que o meu coração gritava em uma língua tão estranha e incompreensível como mandarim. Eu me arrepiava quando ele me tocava. Eu me sentia nas nuvens ao ouvir simplesmente sua voz — e isso sem cantar. Sinais como esse queriam me dizer alguma coisa, mas eu ainda não consegui captar o que. E tinha medo do que eu podia estar sentindo.

 Seguimos pelos corredores que deveriam estar apinhados de gente, porém, estavam completamente desertos.

 — Hey, vamos em uma loja? Eu preciso comprar uma coisa.

 — Claro. O que você quiser. — sorri enquanto continuávamos a andar.

 Justin entrou em uma loja de tecnológicos e assim que o fez, eu fiquei boquiaberta. Nem a loja mais completa do shopping mais absurdo que o Brasil poderia ter tinha o que havia aqui. Era muita tecnologia e coisas que eu jamais imaginei ver de perto. Os iPhones eram uma atração a parte. Um mais lindo e caprichado do que o outro chamavam a atenção dos meus olhos mesmo que sem querer.

 Justin seguiu até o balcão enquanto eu continuava a observar a imensa loja do imenso shopping. Depois de cerca de uns cinco minutos, ouvi Justin me chamar.

 — Bia, me ajuda a escolher uma coisa?

 — Claro. — sorri e fui em sua direção.

 — Qual desses você prefere? — ele apontou para cinco lindos iPhones em cima do balcão. Meus olhos brilharam instantaneamente, pois era um mais lindo do que o outro.

 — Mas eu não sei o gosto da pessoa que você vai dar...

 — É como o seu. Eu sei que o que você escolher a pessoa vai amar... Mas eu estou muito em dúvida, preciso de você.

 Olhei mais umas três vezes e então não tinha como negar. O iPhone de capa roxa com tachas douradas era lindo demais. Um verdadeiro delírio para uma rockeira que tem tara por ambos os artigos.

 — Esse é sem dúvida o meu favorito. — eu o peguei na mão, não conseguindo me controlar e o virando, de um lado ao outro.

 — Embrulhe esse pra presente. — disse Justin e então eu o coloquei de volta a bancada. Justin foi pagar e logo saímos da loja.

 — Uma fofura o presente. — sorri para Justin enquanto continuávamos a caminhar.

 — Realmente, combina com a pessoa que vai ganhar. — ele abriu um sorriso estonteante parando na minha frente me fazendo parar também. — Combina com você. — ele me estendeu o embrulho com o iPhone e eu paralisei.

 — Justin você não...

 — Shhiu. Isso é um presente e nem ouse recusar.

 — Mas isso é muito caro você não...

 — Não é caro e eu realmente quero te dar isso, por favor. — ele suplicou com seu olhar de Shrek infalível.

 — Jus...

 — Nada de Jus. Você já viu o seu celular? Nem WiFi tem... Agora você faz parte da elite... — ele se aproximou. — Minha elite. Ter um iPhone é quase uma regra.

 — Mas isso é demais...

 — Já chega. Esse iPhone é seu e ponto. E você vai me dar o seu antigo celular. Vou doar ou sei lá. Não quero nem correr o risco de você não usar o iPhone. Ele é todo seu. — ele sorriu lindamente.

 — Você é impossível, Drew. — eu disse e então ele me abraçou. Nos desvencilhamos e continuamos andando, enquanto eu não acreditava no que ele havia feito.

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Eaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaae manolas U_U

Aawwwn, que lindas vocês, meu Deus! Cara, sério, muito lindas. Eu pirei com cada comentário. Vocês são realmente incríveis.

Eu peço desculpas do fundo do coração pela demora. Vocês não imaginam como foi minha semana. Provas, entrega de trabalhos, grupo de estudo, organização da eleição do Grêmio Estudantil, organização do Baile de Outono, mais trabalho, pagar conta da mãe, limpar a casa, cuidar do irmão. É sweeties, a vida não ta fácil não. Não dá pra vadiar #MASOOOOOOOOQ

Agora de madrugada mesmo já vou fazer o próximo e vou adiantando pra não demorar tanto assim ok? Peço desculpas de verdade.

Obrigada por lerem e por serem essas liiiiiiiiindas que são. EU AMO VOCÊS DEMAIS!

COMEEEEEEEEENTEM <3

Beijos e queijos com vinho e até amanhã,

@telih_moura.