segunda-feira, 14 de maio de 2012

S(he) Be(lie)ve(d) - 25º capítulo

S(he) Be(lie)ve(d) – Salt On My Cuts




Eu estava estática, sem reação. Meu cérebro tinha dificuldade para processar a cena na minha frente. Mas a verdade era que meu coração não queria acreditar, queria que fosse um sonho. Eu sabia que não era.
         Caminhei um pouco mais e mesmo sem querer, meus pés fizeram barulho o suficiente para perceberem que eu estava ali.
         Justin e Selena terminaram o longo e intenso beijo que davam e Justin me encarou, arregalando seus olhos rapidamente. Minha boca tremia e meus olhos estavam petrificados. Eu não tinha reação.
         — Hm, que prazer ver você de novo, Beatrice. — disse Selena sorrindo falsamente. — Estava com saudade do meu bebê... — ela disse acariciando a face de Justin e lhe dando um selinho. Pisquei meus olhos e respirei fundo rapidamente. — Assim que consegui um tempo, vim aqui pra vê-lo.
         — Bem... — pausei e encarei Justin, logo em seguida voltando meu olhar para Selena. — Também é um prazer te ver de novo, Selena. — sorri de lado.
         — Justin me disse que você é como uma irmã pra ele.
— Obrigada, Justin. — o encarei, desacreditada no que tinha acabado de ouvir. — Eu adoraria ficar com vocês, mas estou de saída agora. Vou dormir na casa de uma amiga. — olhei para Selena e sorri de canto, sem seguida encarando Justin novamente. — Aproveitem a noite. — sorri sem mostrar os dentes e ajeitei minha bolsa em meu ombro.
         Caminhei em passos largos e rápidos em direção porta e a abri. Pude ouvir um "Beijos, Beatrice" vindo da boca de Selena, e apenas acenei com as mãos, sem olhar para trás.
O céu estava encoberto por nuvens grossas e escuras. Era por volta das sete da noite, e o por do sol havia acabado de acontecer, mas a noite parecia a mais escura e sombria de todas, apesar do horário. Peguei meu celular na bolsa e disquei o número que Miley havia me dado. Depois de três toques, ela atendeu.
         — Alô, Demi? — ela perguntou meio receosa.
         — Sim, sou eu, Miley. Você podia me dizer o endereço certo da sua casa? — perguntei segurando as lágrimas que queriam sair dos meus olhos e tentando fazer minha voz não soar fraca.
         — Hmm... Você está na casa do Bieber, não é? Vira a primeira rua à direita da casa dele e segue três quadras virando à esquerda na última. É a casa de número 5627. Pertinho.
         — Ok, Miles. Já chego ai. — eu disse e desliguei o iPhone o colocando de volta na bolsa.
         Meus pés começaram a caminhar lentamente, enquanto o vento batia forte em mim, a noite extremamente fria me rasgando ainda mais. Me abracei e segui pela calçada, sem olhar pra trás. Meu coração estava amargo. Era impossível acreditar no que eu havia visto... Ouvido.
         Cheguei então à esquina e virei, como Miley havia me dito. E foi ai que eu me deixei desabar.
         As lágrimas desciam do meu rosto, grossas, gélidas e pesadas, cheias de uma dor que eu ainda não havia conhecido. Eu sabia que era impossível eu ter de fato algo com Justin, eu sabia que isso era demais pra mim, mas nunca passou pela minha cabeça que isso pudesse acontecer, que eu poderia me machucar tanto assim.
         Muitas pessoas podem achar que isso é um drama. Que eu tinha completa noção de que eles eram namorados ainda e que ele poderia estar comigo apenas para preencher a falta dela lá. Mas ele é tudo pra mim, meu ídolo, a pessoa que eu amo. E o amor é cego. Você não enxerga o que há na sua cara. Por isso tantas pessoas são traídas. Por isso há sempre alguém que sai machucado na história.
         Eu fui "a machucada" da vez.
         Meu coração nunca havia doído tanto, e eu tinha absoluta certeza disso. Senti um arrepio percorrer minha espinha enquanto as folhas de árvores rodopiavam à minha volta e eu virava a esquina da rua de Miley. As últimas lágrimas caíram pela minha bochecha encharcada, enquanto eu as secava e dava uma última fungada.
         A casa de Miley era no meio da quadra. O bairro era tranquilo, como se poderia imaginar. Era uma área afastada de Los Angeles, onde muitas casas de artistas podiam ser encontradas, como se fosse um enorme condomínio de luxo. Casas iluminadas, plantas e flores formando belos, gigantescos e exuberantes jardins... Verdadeiros sonhos e exemplos do que eu chamo de arquitetura milionária. E a casa da Miles não fugia nem um pouco desse padrão.
         Na frente havia um enorme portão marrom/avermelhado, apoiado apenas por duas grandes e grossas pilastras, com luminárias dando um ar mais rústico, mas ainda sim bem sofisticado. Árvores iluminadas seguiam um longo caminho para a casa que da frente se era impossível ver pela enorme quantidade de árvores ao redor. Caminhei até a campanhinha e toquei. Logo Miley respondeu ao interfone.
         — Demi?
         — Sou eu mesma, Miley.
         — Ta aberto. — ela disse e então o portão se abriu. Me distrai com a beleza do lugar, mas durou apenas segundos. Justin não saia da minha mente.
         Caminhei pelo enorme espaço, até conseguir ver a mansão, tão expansiva quanto as que eu passei para chegar até aqui. Era linda.
         Miley me esperava na porta e abriu um enorme sorriso ao me ver. Apressei o passo e subi as escadas da entrada, chegando até ela. E então eu não pude me segurar.
         A abracei com toda a força e deitei minha cabeça em seu ombro.
         — Ei, ei, o que aconteceu? — ela perguntou assim que minhas lágrimas caíram em seus ombros. Ela se desvencilhou de mim e olhou em meus olhos. — Vamos entrar e você me conta. Absolutamente tudo. — ele continuou a me encarar até que passou seu braço esquerdo ao redor dos meus ombros e me carregou para dentro.

[...]

         — Eu não... Argh. Que raiva. Não consigo acreditar nisso. Filhos da puta. Pattie que me desculpe. — ela disse depois que contei tudo, em meio aos meus soluços, agora cessados. Nos encontrávamos agora sentadas uma de frente à outra em sua cama, com as pernas feito índio, conversando há quase uma hora.
         — Como isso pôde acontecer?
         — Para de se perguntar isso, Demis. — disse Miley. — Eu sei o que você tem que fazer agora. — ela olhou no fundo dos meus olhos.
                — E o que seria?
         — Você tem que colocar toda essa dor e focar em outras coisas. Eu sei que é difícil, que ele domina a sua mente, aliás, por tudo o que passaram, mas você é simplesmente a protagonista do próximo grande sucesso da Disney e tem um CD que vai ser mega produzido. Componha. Divirta-se.
         — E como eu vou fazer isso?
         — Eu sei como. — ela sorriu de canto. — Não há nada que eu faça de melhor do que distrair alguém. Você vai ficar mais focada no trabalho e em se divertir do que nunca ficou antes. — ela alargou o sorriso. — E tudo isso começa simplesmente com o que já iríamos fazer. FESTA DO PIJAMA! — ela disse se levantando e dando um mega pulo na sua enorme cama king size de casal enquanto eu sorria pela primeira vez desde a cena. — Não vou ficar pulando que nem uma idiota sozinha. Vem, Demi. — ela se abaixou e me puxou pela minha me fazendo ficar em pé com ela. Olhei para os lados e olhei para ela de novo, envergonhada e sem vontade. — Ok, se não quer por bem, vai por mal.
         Miley caminhou até a sua mesa de cabeceira e pegou um controle, apertando alguns botões. E então Who’s Laughing Now começou a tocar e ela pulou de volta à cama.
         — Finja que todas as pessoas que já te zoaram na vida estão aqui e você está cantando pra elas. Esse é o começo da coisa. — ela sorriu torto enquanto começávamos a cantar e desfilar pela cama, fazendo caretas.
Ela então pegou um travesseiro e jogou com tudo na minha cara. Corri até o monte de travesseiros e almofadas que havia em sua cama e joguei com toda a minha força nela. Ela virou o rosto e o voltou em minha direção, com ele vermelho, rindo feito uma boba.
Então eu ri. Eu estava rindo novamente. E eu estava feliz por isso — mesmo que fosse por apenas segundos.

[...]

         Os poucos raios de sol que podiam ser encontrados no céu de Los Angeles surgiram através das enormes vidraças do quarto de Miley. Se dependesse dela, teríamos virado a noite hoje.
         Ficamos até por volta das cinco da manhã fazendo guerra de travesseiros, cantando como se não houvesse amanhã, entre muitas outras coisas. Fiz brigadeiro pra ela, ficamos no twitter, tiramos muitas fotos, nos maquiamos, fizemos unha, cabelo... Tudo bem que o cabelo e a maquiagem foram inúteis, tendo em vista que dormimos em seguida, mas o que vale é a intenção.
         Me levantei da cama e olhei ao redor. Minha vista ainda estava um pouco embaçada, mas eu conseguia enxergar. O quarto estava rodeado por penas, com roupas jogadas por todos os lados possíveis, chapinha e babyliss em um canto, sapatos e mais sapatos, todos igualmente jogados. A enorme coleção de esmaltes de Miley estava jogada em um canto do quarto também e a bagunça era gigantesca. Olhei para trás e Miley dormir tranquila na cama. Sorri de canto. Ela havia conseguido me fazer rir na noite passada e eu serei eternamente grata por isso.
         Caminhei em direção ao banheiro e ao lado da porta do mesmo, minha bolsa estava jogada no chão. Mais loucas, impossível.
         Entrei no banheiro e me encarei no espelho. Meu cabelo estava completamente liso, apenas amassado em alguns lugares devido à ideia de Miley de mudar o meu jeito cacheado que costumo deixá-lo. E, por incrível que pareça, eu estava gostando dele assim. O comprimento estava maior, pelo fato de ele estar esticado e ele tinha um movimento diferente. Minhas bochechas estavam amassadas e vermelhas, mas não foi isso que me chamou a atenção.
         Meus olhos estavam completamente contornados de preto e então eu senti deja vú.
         Eu cresci ouvindo Rock. De todos os jeitos, de todas as formas, Rock era parte da minha alma e eu não apenas ouvia, eu sempre fui uma rockeira, de sangue. Rock sou eu de verdade. Foi daí que veio a minha paixão por tocar guitarra e tudo mais.
         Sempre tive uma forte personalidade, uma opinião diferente e nunca fui como as meninas brasileiras que dançam funk até o chão e coisas ridículas do gênero. Minha mãe sempre esteve do meu lado e me apoiou em tudo o que quis fazer, mas ela sempre me disse que eu era estranha. Eu não pensava em nada como as outras garotas, mas sempre fui uma pessoa fofa. Que se vestia normalmente, agia normalmente... A tradicional nerd, quieta, que se destaca apenas pelas notas e pela dedicação, sem ser notada por outras coisas. Eu era assim.
         No entanto, mesmo nunca tendo feito nada a ninguém, as pessoas sempre me excluíram e zoaram de mim até a alma. Caçoavam das coisas que eu gostava, me chamavam de gorda, feia, ridícula e coisas muito, muito piores do que isso. Tudo, absolutamente tudo era motivo para mais uma nova zoação. E isso foi me cortando. Literalmente. Não havia um dia que eu não fosse dormir sem chorar.
         Eu não sei exatamente como eu cheguei a fazer isso pela primeira vez. Me cortar. Tudo o que eu sentia era que eu precisava tirar a dor que havia dentro de mim, porque eu já não aguentava mais.
         Além de me cortar eu fiz dietas loucas, cheguei a deixar de comer por dias. Eu fiz loucuras por dois anos e meio. E eu estava exatamente há dois meses sem me cortar. Sem ir dormir chorando todos os dias como eu costumava fazer.
         A felicidade me invadiu de uma forma incrível e eu agradecia a Deus todos os dias por isso. Mas nem tudo são flores, nem tudo é tão lindo e perfeito.
         A perfeição dos meus dias, os meus sorrisos grandes e verdadeiros que há tempos eu não dava sumiram ontem à noite. E se eu não tivesse vindo dormir na Miley, se ela não tivesse tirado o meu foco dele, eu sei exatamente o que teria feito.
         Quando comecei a me cortar, eu comecei a mudar também. Meu jeito de vestir, meu jeito de ser. Deixei que tudo o que eu escondia das pessoas aparecessem. Minhas calças largas e tênis de corrida para ir pra escola foram esquecidos e renovei o guarda-roupa. Comecei a usar minhas blusas de bandas que eu costumava usar apenas em casa por medo de mais zoações para ir à escola. E das cores rosa, lilás, laranja e amarelo, meu guarda roupa passou a ser em sua maior parte, preto, cinza... Me tornei mais dura, comecei a retrucar as zoações. Mudei meu cabelo, o alisando, fazendo franja. Comecei a me maquiar forte. Tirei meus óculos e comecei a usar lentes de contato. Eu era outra pessoa.
         E por dentro eu me tornava mais fria. As zoações continuavam e continuava também a ser uma tortura ter que ir para a escola todos os dias. Mas eu me fazia de forte, me quebrando cada dia mais por dentro.
         Minhas composições se tornaram mais profundas e eu tocava com cada vez mais vontade mesmo que fosse pra mim.
         Mas no fundo, no fundo, nunca deixei de ser a menininha. A rockeira louca, ainda era a menina que no fone de ouvido, depois de uma música do AC/DC tinha uma música de Justin Bieber. Que ouvia à Taylor Swift. No fundo eu ainda era a mesma.
         E a doce Beatrice voltou no instante em que eu passei na prova do intercâmbio. Eu já não me cortava há algum tempo e fazer isso de novo nem passou pela minha mente desde então. Eu estava sorrindo de verdade de novo. E foi tudo por água abaixo ontem a noite.
         Encarei meu rosto mais uma vez no espelho de Miley e fechei meus olhos em seguida, respirando fundo. Não posso fazer isso de novo. Eu tenho um filme pra fazer, um CD para terminar e muita coisa pela frente.
         Abri meus olhos mais uma vez. Por mais que eu quisesse era difícil e seria uma luta diária não pensar em fazer aquilo mais uma vez. Mas iria tentar.
         Levantei meu pulso esquerdo e passei meu dedo indicador direito sobre as cinco finas linhas horizontais que haviam ali. Elas se misturavam as tradicionais linhas que existem em nossa pele, mas eu sabia o que elas eram. Fechei minha mão direita sobre o meu pulso e deixei que as lágrimas dos meus olhos caíssem novamente.
         Eu vou conseguir.

[...]

         Tomei um banho relaxante, mas rápido, já que eram oito e meia da manhã já e eu precisava chegar no estúdio às dez.
         Vesti uma calça jeans clara, uma blusa bege levemente pregada e meu casaco de couro. Vesti um Converse preto e coloquei um colar de chave. Contornei meus olhos levemente com lápis preto e deixei meu cabelo liso.


         Assim que saí do banheiro, vi Miley deitada na cama assistindo Bob Esponja.
         — Bom dia, Miles. — sorri de canto.
         — Bom dia, Demis. — ela riu. — Preparada para o começo das gravações, semana que vem?
         — Sim, mas eu não sei como vou fazer, já que depois de amanhã eu volto para NY.
         — Verdade, né? Mas isso se resolve. Você vai voltar pra casa dele?
         — Vou. Vou agir como se não tivesse acontecido nada. Vou embora logo, de qualquer forma.
         — Tem certeza de que vai ficar bem, Demi? — ela olhou no fundo dos meus olhos enquanto eu sentava na cama ao seu lado.
         — Tenho sim, Miley. Vou fazer de tudo pra isso. — sorri torto. — Bem, vou indo, senão chego atrasada.
         — Vou pedir para Michael te levar a Disney. Você não conhece nada por aqui, então nem ouse discutir comigo. Eu te ligo.
         — Obrigada, Miley. Por tudo. — sorri fraco enquanto a abraçava forte.
         — Estou aqui pra sempre, cabeçuda. — ela me apertou forte de volta, enquanto eu em seguida me soltava do seu abraço. Peguei minha bolsa e segui para a porta, enquanto ela pegava o telefone do criado mudo para ligar para Michael. Abri a porta e me virei, acenando.
         Ela era uma grande e verdadeira amiga, eu não tinha nenhuma dúvida.
         Desci as escadas e Michael me esperava na porta da enorme mansão. Ele me levou até o carro — que era uma linda, preta e reluzente Land Rover — e então seguimos em direção à Disney.
         Não demoramos a chegar e assim que o fizemos, o agradeci e saí do carro. Minha passagem foi liberada rapidamente e então, assim que entrei, vi Justin parado, com os cabelos bagunçados e a cara amassada, como se não tivesse dormido.
         — O que faz aqui essa hora, Justin? Deveria estar no estúdio... — eu disse educada.
         — Eu precisava falar com você.
         — É tão urgente assim?
         — É. — ele me encarou, enquanto eu me aproximava.
         — Então fala.
         — Me desculpa por ontem à noite. A Selena apareceu de surpresa e...
         — Justin, se você for falar sobre ontem, se explicar... Não tem o porquê. Você não me deve explicações de nada e eu nem preciso delas.
         — Mas...
         — Mas nada, Justin. Você sabe disso. — forcei minha voz a continuar forte.
         — Onde você foi dormir, afinal? Eu mal dormi a noite, preocupado, querendo saber pra onde foi. Você nem conhece nada por aqui e, enfim.
         — Dormi na Miley. — sua cara se fez em surpresa.
         — Miley Cyrus?
         — Ela mesma.
         — Não sabia que eram amigas.
         — Nos conhecemos ontem e conversamos bastante. Ela é uma pessoa muito legal e se mostrou bem verdadeira. — sorri sem mostrar os dentes.
         — Fico feliz por você, Bia. Bem, eu vou pro estúdio agora que sei que você está aqui. Estou tranquilo. Até mais tarde. — ele se aproximou mais de mim e deu um beijo na minha bochecha, perto da minha boca, me arrepiando.
         — Até, Justin. — me mantive do mesmo jeito, mesmo que com dificuldade.
         O assisti desaparecer enquanto tomava fôlego. Eu teria muito com o que lidar.


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Eaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaae U_U
Ok, eu sei que demorei e eu peço MIL PERDÕES POR ISSO.
Mas aconteceu muita coisa.
Exposição na escola. Dia das Mães. Morte da minha Bisavó e Prova do Livro.
Fica difícil assim né?
Mas eu estou MUITO FELIZ PELOS COMENTÁRIOS E APOIO DE VOCÊS. Não me canso de ficar impressionada com o quanto gostam de S(he) Be(lie)ve(d). Vocês são realmente incríveis. E eu nunca imaginei que pudesse haver 17 comentários em um só capítulo. EU AMO VOCÊS.
Ontem na churrascada de Dia das Mães eu cantei Turn To You pra minha Mommis e ela chorou. E ai, trinta minutos depois a gente recebeu a ligação de que a minha bisa estava no hospital, já respirando por aparelhos, muito mal. Foi um dia muito complicado pra todos.
Minha vó foi para Recife, ainda sem saber da notícia e só volta daqui a duas semanas, mais ou menos. Nisso, vou ter que ajudar minha mãe com meu irmão: o que resulta em demora para os capítulos.
Eu peço que entendam, pois é uma questão familiar e realmente pessoal e grave. Mas eu vou dar o meu melhor, ok?
COMENTEM MUITO, POR FAVOR. Façam uma autora feliz *oo* #MASOOQ.
Amo vocês,
Beijos e queijos com vinho,
@telih_moura.
PS.: BEEEEEEEEEEEEEEEEEM VINDA NEGADA NOVA U_U

terça-feira, 8 de maio de 2012

S(he) Be(lie)ve(d) - 24º capítulo


S(he) Be(lie)ve(d) – Unexpected


Passamos alguns minutos dançando que nem dois retardados até que cansamos e nos sentamos no chão. Justin aos poucos foi se deitando fechando os olhos e respirando, mas isso durou apenas segundos. Ele voltou a abrir os seus olhos e me encarou, sorrindo de canto.
— Você é um presente. — ele se arrastou um pouco no chão até encostar-se a mim. Deitou sua cabeça em meu colo e continuou fixando seu olhar ao meu.
— Você que é. — eu disse iniciando um leve cafuné em seus cabelos macios. Ele se levantou e olhou de um jeito forte, no fundo dos meus olhos.
— Você é tão simplesmente incrível... — ele passou sua mão direita por minha bochecha direita e involuntariamente fechei meus olhos, apenas sentido o toque dos seus dedos macios. — Eu nunca vi alguém como você... — ele continuou dizendo, baixo e calmo, se aproximando de mim e desceu sua mão até meu pescoço, continuando com o dedilhar dos seus dedos enquanto eu me arrepiava e permanecia com os olhos fechados, sorrindo. — Eu não quero te perder e não vou te deixar ir pra longe de mim. — sussurrou próximo ao meu ouvido, encostando nossas bochechas e então grudou nossas testas me fazendo abrir os olhos e encontrar os dele. Lindo.
Continuei encarando seus olhos até que ele fechou os seus e juntou nossos lábios. Sua boca estava faminta pela minha. Fechei meus olhos e levei minha mão direita aos seus cabelos, fazendo um leve carinho enquanto ele pedia passagem com a língua. Eu cedi e sua língua fez uma trilha quente em minha boca.
O beijo continuou por minutos que pareceram não ter um fim até a falta de ar pedir passagem entre ele.
— Linda. — ele sussurrou encostando nossas testas abrindo seus olhos e me encarando.
— Lindo é você. — eu disse rindo de leve e corando.
— Minha shawty. — ele sorriu e voltou a me beijar, enquanto eu sorria em meio ao beijo. Seus lábios continuaram em direção ao meu pescoço, dando leves beijos enquanto eu me sentia arrepiar.
— Justin, para... Alguém pode entrar e...
— Ninguém vai entrar. A porta está fechada, já está tarde e eu preciso de você. — ele disse e então me beijou mais uma vez, de modo mais feroz.
Seus lábios percorriam os meus sem medo, cheios de uma vontade ainda maior do que da última vez. Seus lábios desceram pela minha bochecha, indo ao meu queixo e então o meu pescoço. Ele beijou minha clavícula e eram beijos doces, molhados. Suas mãos não soltavam a minha cintura, fazendo um leve carinho. Meus olhos permaneciam fechados, apenas me deixando sentir cada movimento dele.

*Parte Hot a seguir negada. Vocês sabem o que lêem (:

Suas mãos começaram a levantar a minha blusa, enquanto eu ofegava fraco. Me levantei, um pouco envergonhada, mas tirei a minha blusa, ficando de costas para ele e a joguei em um canto qualquer. Senti seus braços quentes ao redor da minha cintura e seus beijos em minha nunca continuaram como eu sabia que fariam.
— Eu não vou conseguir parar. — ele disse e me virou, me dando um beijo molhado e quente. Ele tentou me beijar suavemente. Eu poderia jurar que tentou. Mas sua intenção se desfez em fumaça.
Levei minhas mãos até a barra da sua blusa e comecei a levantar, lentamente. Ele me ajudou, se livrando dela com rapidez e destreza, desgrudando nossos lábios por apenas segundos, voltando a beijá-los, feroz.
Havia fogo em toda a parte. Suas mãos sentiam a minha pele, subindo e descendo, percorrendo minhas costas. Onde nos tocávamos era quente. Começamos a caminhar sem um rumo até que senti a parede gelada em minhas costas, mas não houve dor. Eu não era capaz de sentir nada além da queimação.
Minhas mãos se emaranhavam e puxavam os seus cabelos com vontade, puxando-o para mim como se houvesse algum meio de ficarmos mais perto. Minhas pernas se enrolaram em sua cintura, a parede fazendo o apoio necessário. Nossas línguas se contorciam, e não havia nenhuma parte que fosse da minha mente que não houvesse sido invadida pelo desejo insano dele.
Me separei de sua boca para respirar enquanto a sua foi para o meu pescoço, o beijando enquanto eu sentia os músculos do seu estômago sob as minhas palmas, minhas mãos completamente esmagadas entre nós dois. Afundei minha cabeça em seus cabelos, sentindo cheiro delicioso deles.
Suas mãos foram para abaixo do meu bumbum e então eu fui solta da parede. Agarrei mais em seu pescoço enquanto apenas sentia me mover. Senti então a cama de Justin abaixo das minhas costas e me arrepiei quando ele ficou por cima de mim. Abri meus olhos e o encarei.
— Linda, linda... — ele disse me encarando e logo em seguida, beijando o meu pescoço. Fui então surpreendida quando ele o mordeu fortemente. Suspirei.
Ele se desvencilhou de mim rapidamente e tirou sua calça tão rápido como fez com sua blusa.
— To em desvantagem. — ele disse e então começou a beijar entre o vão dos meus seios, logo em seguida dando leves beijos em minha barriga e chegando ao cós da minha calça. Ele abriu o botão e em seguida o zíper da mesma.
Estávamos ambos apenas com roupas íntimas e eu me sentia cada vez mais extasiada. Seus beijos estavam ainda mais quentes e envolventes do que da última vez e eu não conseguia me desvencilhar do seu abraço forte em mim. As últimas peças de roupas foram jogadas longe e logo depois de vestir a camisinha, o senti em mim. Não havia parte alguma de nós dois que não estivesse unida, como se fossemos um só. E eu só ficava mais e mais certa de que era ele tudo o que eu precisava e queria.
Chegamos ao ápice e eu encarei seus olhos depois de um beijo longo.


*Fim da parte Hot*

— Eu não poderia querer mais nada agora do que você... — ele passou sua mão em minha bochecha, a acariciando enquanto se deitava ao meu lado e nos cobria com o edredom. Meus olhos se fecharam mais uma vez, apenas sentindo o suave toque dos seus dedos macios no meu rosto.
— Eu também não. — abri meus olhos e o encarei sorrindo. Ele sorriu de volta e me selou enquanto eu me sentia nas nuvens.

[...]

Depois de acordar com o cheiro irreconhecível do meu shampoo de morangos e na maciez da minha cama, eu tomei um banho e estava pronta para trabalhar e muito hoje. Da noite passada, só me lembro de ficar um pouco mais com Justin e assim que cheguei ao meu quarto, capotei sem medo.
Vesti um jeans claro com um moletom bege, um Converse preto e uma touca preta, completando apenas com um colar de Coruja. Eu estava um pouco cansada, mas estava animada. Sabia que o dia seria cansativo.


Tomei café e eu e Justin hoje fomos para caminhos diferentes.
Dentre as muitas conversas de ontem no almoço, uma das principais foi à gravação do meu CD. Decidimos deixar isso para segundo plano, já que agora eu seria protagonista de um filme da Disney.
Kenny me deixou no estúdio da Disney em L.A e voltou para o estúdio de gravação para ficar com Justin.
Assim que cheguei lá, fui super bem recebida. Todas as audições já haviam sido feitas e hoje começaríamos a gravar as músicas do filme. Eu estava super empolgada.
Caminhei por um dos corredores principais sendo seguida por Joe. Os Jonas já haviam chego também e eles estavam tão animados quanto eu.
Eu estava distraída olhando para Joe, prestando atenção no que ele dizia até que sentir trombar com uma pessoa e caí de bunda no chão. Senti minha bochecha corar e me levantei rapidamente.
 — Me desculpe, de verdade. — eu disse enquanto olhava para a menina no chão e de cabeça baixa à minha frente.
 — Não, não precisa pedir desculpas, vi que estava distraída. — senti um leve toque de ironia na voz.
 — Me desculpe mesmo. — eu disse estendendo minha mão. E então quando a pessoa levantou o rosto eu estaquei.
— Mi-Miley? — perguntei nervosamente sem reação.
— Sim, você é...? —ela perguntou enquanto eu a puxava para se levantar.
— Demi... Demi Lovato. — eu disse meio incerta. Scooter disse que a partir de agora esse era o meu novo nome e eu estava me acostumando ainda, mas eu gostava e muito dele, ainda mais do que Beatrice.
— Ah, você é a menina que fará Camp Rock, certo? — ela sorriu de lado, gentil. Eu ainda não conseguia acreditar. Ela é uma inspiração única.
— Sim, sou eu mesma. — sorri imensamente.
— Prazer conhecê-la. — ela estendeu a mão e eu a apertei, envergonhada. — Você não quer almoçar comigo mais tarde? Seria um prazer falar com você. Você não parece ser aquelas pessoas ou infantis, ou fúteis que geralmente circulam por aqui.
— Seria uma honra! — eu disse surpresa.
— Então nos encontramos na frente do estúdio às 13h? — ela sorriu.
— Claro. — sorri de volta enquanto ela me cumprimentava com um beijo no rosto e dando outro no Joe.
Como eu podia ter tanta sorte?

[...]

Durante meu almoço com a Miley, conversamos muito, sobre muitas coisas — até mesmo sobre Justin.
— Eu acho ele um fofo. — ela sorriu. — Bem, mas eu e ele já batemos muito de frente por causa da Selena. Todos podem tentar mudar minha cabeça, mas eu não consigo gostar dela.
— Não é a única. — eu disse baixo dando mais um gole em meu suco de maracujá.
— Você não gosta dela? — Miley perguntou surpresa.
— Não. Nem um pouco. Mas eu não posso mudar o que ele pensa, porque ele é apaixonado por ela, de verdade. — eu disse e logo em seguida parei pra pensar no que havia dito. Por mais que eu e ele estivéssemos passando por tudo o que estamos, eu sabia que ele ainda a amava. E ela ainda continuava a ser a namorada dele.
— Você parece ser mais do que uma belieber amiga dele. — ela disse me encarando. Abaixei a cabeça.
— Ele nunca vai me ver como nada além disso.
— Hey, nunca diga nunca, lembra? — levantei meu olhar e a vi sorrindo pra mim. — Você é linda e uma ótima pessoa, eu pude perceber. Eu nunca sou gentil desse jeito, ou conto tantas coisas para uma pessoa que eu acabei de conhecer, mas você passa confiança, você é uma pessoa diferente. É impossível que ele seja tão cego ao ponto de nunca perceber o que está na frente dele. Chega a ser falta de respeito tentar comparar você com a Selena; ela nunca chegará aos seus pés. — Miley suspirou. — ela pode ter dinheiro e fama, mas ela não tem o que realmente importa, que é caráter. Eu realmente não entendo ela. Argh.
— Hey, calma. — olhei em seus olhos. — Você tem todos os motivos do mundo para odiá-la, eu bem sei disso. — continuei a encarando. — Eu não te conheço por completo, não sou você, mas sou sua fã. E, além disso, eu consigo sentir o que te fez a odiar ainda mais.
— Eu não preciso dizer né?
— É claro que não.
— Você não sabe o quanto eu berrei quando ouvi Better Than Revenge da Taylor pela primeira vez. Eu queria ir a casa da vadia com o maior amplificador que eu pudesse achar e gritar a letra toda pra ela.
— Você pode não cantar pra ela... Mas pode cantar comigo.
— Hey, boa ideia. Você pode dormir lá em casa hoje? O Liam ta viajando e eu não to afim de ficar sozinha lá mesmo. Faz tempo que eu não saio com uma amiga assim.
— Vai ser uma honra. — eu sorri enquanto pegávamos nossos sucos e brindávamos.
Eu tinha absoluta certeza de que tinha arrumado uma amizade como nunca outra agora do lugar menos esperado e da pessoa menos esperada também.

[...]

Quando cheguei em casa, estava ainda mais exausta do que costumava chegar, mas depois de tomar um banho relaxante eu me sentia pronta para passar mais horas e horas acordada. Eu estava animada por ir para a casa da Miles. Peguei uma bolsa grande e coloquei algumas peças de roupas e outras coisas.
Desci as escadas feliz, a fim de dar tchau a todos antes de seguir a casa da Miley, mas assim que cheguei ao último degrau e encarei a sala, vi uma cena que eu não esperava e não queria ver.


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Eaaaaaaaaaeeeeeee negadaaaaaa U_U
Caramba! Que saudade ENORME que eu tava de vocês! Sério mesmo!
Vocês devem estar me xingando de todos os nomes possíveis e até achando que eu parei de escrever. Tsc, tsc, tsc. NO WAY, BABIES.
A questão é que essa semana foi sem dúvida alguma a mais corrida, EVER.
Provas, fechamento de notas, Baile de Outono na escola, reunião das mães. E EU SOU REPRESENTANTE DE SALA... VIDA SOCIAL TA DIFÍCIL.
Mas, NHAAAAAC. Mesninas, o Baile foi tãaaaaaao lecal *-*
TOCOU BOYFRIEND \Õ/... E o mais legal é que quando tocou, tipo, todo mundo começou a fazer passinho, parecia flashmob. FOI. DEMAIS.
Minha vida ta numa turbulência e minha mente ta cheia de coisas que vocês nem imaginam sabe, que eu não posso contar, mas enfim... Essas pessoas que gostam de atiçar as outras viu '-'
EEEEEEEENFIM.
Eu sei que eu poderia ter feito maior, MASSSS, acho que gostaram do capítulo né suas safadas? U_U
MUITO OBRIGADA, DO FUNDO DO CORAÇÃO PELOS COMENTÁRIOS! Nunca houve 10 comentários e eu estou MUITO. FELIZ.
Peço desculpas de novo pela demora e prometo que vou dar o meu máximo pra não demorar tanto assim de novo, ok? Mas por favor, tentem me entender. Pois são os meus estudos, beleza?
AGORA VOU INDO ADIANTAR O PRÓXIMO, SENÃO @ForeverMyJBiebs FICA BOLADA.
COOOOOOOOOOOOMENTEM MUITO,
Beijos e queijos com vinho do porto,
@telih_moura.