S(he) Be(lie)ve(d) - 1º capítulo

S(he) Be(lie)ve(d) – Let’s Get Started

December, 9th 2011.

*buzina* Acorda, filha da p***, lazarento, sem vergonha, levanta, ta na hora de trabalhar, cacete. Vai seu... Vai seu filha da mãe, levanta dessa cama seu folgado, preguiço, tira essa bunda desse colchão seu filha de uma égua... Vai lavar essa cara, tomar um banho, seu porco, lazarento... (8)

 Meu corpo foi se virando lentamente na cama enquanto o meu doce despertador me fazia acordar. As pequenas – ou melhor, minúsculas brechas da minha janela ainda estavam escuras, indicando que ainda não havia amanhecido por completo. É. Essa vida de estudante não é fácil.

 Lentamente sentei na cama, fazendo todo o meu corpo doer. Eu poderia dormir setenta e duas horas direto, sem acordar uma única vez, tendo o meu corpo completamente relaxado e ainda sim, acordaria como se tivesse dormido apenas uma hora ou até menos. Eu me sentia assim todos os dias. Como se eu não houvesse dormido e sim, apenas dado uma piscadela de olhos.

 Peguei meu celular embaixo do travesseiro e apertei pra desligar o despertador. Cinco e quinze da manhã. Eu acordo tão animada...

 Tomei coragem e me levantei da cama. É, escola, essa é a única vez que você me dá um motivo feliz de verdade pra eu te visitar.

 [...]

 — Preparada pra prova de hoje? — minha mãe perguntou enquanto eu me sentava à mesa pra tomar café.

 — Sim. Estou confiante.

 — Que bom, filha. Bom, a mãe vai indo, ok? Não fica nervosa. Vai dar tudo certo. — ela disse se levantando e depositando um beijo em minha testa enquanto saía.

 Minha mãe, Alice, trabalha de recepcionista em uma pequena revista no centro da cidade de São Paulo. Ela não ganha muito, mais junto com a minha pensão conseguimos viver bem.

 Tenho os pais separados, mas isso nunca fora um grande problema. Desde pequena penso que o melhor mesmo são eles separados. Na verdade, é quase impossível imaginar que eles já estiveram juntos algum dia. São dois pólos completamente opostos um do outro, não se bicam de jeito nenhum. Mas apesar de tudo, tenho um relacionamento maravilhoso com ambos. Talvez não muito com o meu pai, mas eu nem me importo muito. Deixei disso há um tempo.

 Estudo em uma escola pública aqui da zona sul. Não é a melhor escola do mundo, mas eu até gosto. Não do lugar, das pessoas. Que são poucas, mas não tem problema.

 Ninguém entende porque sou Belieber, porque amo tanto os Estados Unidos e o Canadá. Acham que eu tenho algum tipo de problema, não sei. Mas não é bem assim. É realmente inexplicável quando algo te conquista, te prende e te fascina. E é isso que acontece comigo. Desde o primeiro momento em que ouvi a voz do Justin, eu me apaixonei. E esse é um tipo de amor que jamais vai sair de dentro de mim.

 Me desliguei dos meus devaneios e terminei de tomar meu copo de leite com Nescau. Não estava com fome e ia acabar me atrasando de qualquer forma. Guardei as coisas na mesa e escovei os meu dentes. Peguei minha bolsa e fui pra escola, nervosa com o teste.

[...]

 Meus dedos viravam a caneta de um lado para o outro, incessantemente, fazendo-a bater de leve na mesa. Eu estava completamente pirando. Essa prova era extremamente importante pra mim. Eu precisava passar. Precisava passar nesse intercâmbio.

 Minha mãe não tinha condições de pagar pra mim um intercâmbio de um ano nos Estados Unidos, porém, Deus me mandou uma chance. Aconteceria uma prova que na qual eu passasse, eu conseguiria exatamente isso. Passar um ano lá, com tudo pago. E meus pés batiam no ritmo das minhas mãos enquanto eu esperava o veredicto da professora. Apenas a minha sala – que era a única de segundo ano aqui – concorria a esse intercâmbio. A fiscal corrigia junto à professora, prova por prova. E eu estava nervosa como nunca antes.

 Ela enfim colocou a última prova sobre o bolo do restante que já haviam sido corrigidas e anotou algo na pasta que havia sobre a sua mesa. Ela direcionou seu olhar a fiscal que apenas deu um aceno de cabeça. Se levantou e olhou para toda a sala. Fixou seu olhar na pasta e sorriu, nos olhando novamente.

 — E quem vai passar um ano em NYC, é você, Beatrice. — ela olhou pra mim e alargou ainda mais o seu sorriso.

 Percebi que todos olhavam surpresos para mim. Ninguém botava fé em mim. Sempre fui muito quieta durante as aulas, ou quando abria a boca pra falar, não parava mais. Ninguém esperava por isso.

 A prova foi difícil, fui à última a terminar. Estava surpresa, mas não tanto quanto feliz.

 Aquele foi o momento de prova de que eu nunca deveria desistir.

[...]

 Cheguei em casa quase dando pulinhos e batendo palmas. Fui até a cozinha e vi que minha mãe já havia chego. Corri até ela e a abracei forte.

 — O que aconteceu, meu amor? — ela perguntou assustada com a minha imensa animação, mas sorrindo.

 — Eu passei, mãe. Eu vou passar um ano em NYC! — eu disse pulando enquanto ela me acompanhava e logo depois me dava um abraço.

 — Meu Deus, minha filha! Estou muito feliz por você! Eu sabia que você passava! — ela disse me apertando mais, beijando o topo da minha cabeça. — e quando você vai?

 — Semana que vem.

 — Como assim? Daqui a duas semanas já é o Natal e...

 — Mãe, eu sei, mas infelizmente vou ter que ir agora.

 — Ah. Bom, é o seu futuro e eu sei que isso é tudo o que você sempre quis... Tudo bem, não tem problema. Mas eu vou sentir muito a sua falta! — ela disse me apertando de novo.

 — Eu também mãe.

 — A gente tem que aproveitar muito essa semana! — ela sorriu animada.

 — Sim! E o que você sugere? — eu sorri junto.

 — Compras!

 — Me gusta! — eu disse e então caímos na gargalhada.

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 Eaaaaaaaaae u_u

 Meu Deus! Vocês quase me mataram do coração, suas lindas! Eu P-I-R-E-I nos comentários, sem mais.

 Esse foi a apenas o comecinho, eu sei, o capítulo ta minúsculo mais eu prometo que o próximo vai ser maior, ok? Antes que me perguntem, o Jubs vai aparecer... Só que só no próximo capítulo, ou no terceiro. A história precisa ter desenvoltura, e tal. Não posso simplesmente jogar ele, kkkkk.

 Vou tentar postar mais um capítulo hoje. Caso contrário, só segunda. Não sei como vai ser minha ordem de posts. Eu vou tentar postar todo dia, mas não prometo nada. É bem difícil quando se tem o tanto de lições que eu tenho, arrumar casa, cuidar do irmão, ter visita em casa... É fogo. KKKKKKK.

 Um beijo enooooooorme e até o próximo que não vai demorar a sair,

@telih_moura.