segunda-feira, 12 de março de 2012

S(he) Be(lie)ve(d) - 2º capítulo


S(he) Be(lie)ve(d) – Let’s Hear It For New York




 Essas duas semanas foram agitadas e minha mãe não largou do meu pé, porque me ama demais, é.
 Quis fazer compras, me levar nos lugares que eu gostava de ir quando eu era pequena. Tudo isso em míseros quatorze dias. Mas eu me diverti muito e a cada dia que se passava eu sabia que sentiria mais e mais saudades da minha mãe.
 Eu terminava de fechar o zíper da quarta e última mala. Minha mãe me esperava na cozinha e eu aposto que chorando. Provavelmente ela não queria mostrar o quão fraca se sentia. Eu a conhecia o suficiente pra saber o quanto era difícil a ela deixar o seu bebê finalmente abrir as asas e voar atrás do que quer.
 Arrastei a mala com dificuldade até a sala, a posicionando ao lado das outras. Minha mãe me ouviu e veio em minha direção, tomando um longo gole de seu copo d’água e com seus olhos completamente vermelhos e inchados, e já encharcados novamente com suas lágrimas.
 — Mãe, por favor... — eu comecei a dizer não sabendo realmente o que falar.
 — Não, não, Bia. Não precisa dizer nada, minha filha. Eu vou sofrer muito e sentir muito a sua falta, mas no fundo, bem no fundo do meu coração eu sinto que isso é pra acontecer.
 — Muito obrigada. — eu disse andando até ela e a abraçando como nunca antes. Apesar de todos os defeitos, de todas as implicâncias, de todos os micos que já me fez passar, ela era a melhor mãe do mundo, por me proporcionar as melhores risadas, as mais diferentes conversas. Vou sentir falta não só da minha mãe, mas da minha amiga que por mais que eu não admitisse, era mais do que muitas outras.

[...]

 — Não esquece de tomar banho, escovar os dentes e os cabelos, dormir o suficiente para estar descansada. Não fique no computador até tarde e não gaste com besteiras. Me ligue todos os dias ou no mínimo três vezes na semana... — minha mãe não parava de repetir isso enquanto me abraçava e beijava no saguão do aeroporto.
 Meus mentores já me esperavam, mas minha mãe parecia um imã, não me deixando soltar da mesma.
 — Mãe, eu sei. Não se preocupe. Eu posso me cuidar.
 — Eu te amo, meu amor.
 — Eu também te amo mãe, mais que tudo. — eu disse a abraçando de novo.
 Fui caminhando para a sala de embarque enquanto meus olhos embaçavam e eu acenava para a minha mãe.
 Ajeitei minha jaqueta de couro e segui em direção a passagem para o avião. Não demorei a achar meu assento, e assim que me acomodei, peguei meu celular e meus fones de ouvido e me encostei na janela, observando a paisagem tão urbana, tão paulista, tão brasileira, que eu só veria dali a um ano.
 O avião não demorou a decolar e então eu tive a certeza de que esse era um novo começo.

[...]


 A chegada a NYC foi tranquila. Os aeroportos estavam com um movimento absurdo, mas já era de se imaginar. Estamos nos Estados Unidos, bitches u-u
 Um carro esperava a mim e Brian, meu mentor, do lado de fora do JFK (John F. Kennedy International Airport), mas não foi isso que me chamou a atenção de fato. A neve caia de modo doce e calmo pela paisagem e tudo estava decorado para o Natal. Claro, era dia 23 de dezembro. Mas eu nunca tinha visto algo tão lindo e estonteante. Eu nunca havia visto a neve em toda a minha vida e vê-la de tão perto fazia mais uma vez tudo isso parecer um sonho.
 — Lindo, né? — perguntou Brian.
 — Demais. Mal posso acreditar que eu estou aqui. — sorri.
 — Vem, vou te levar até ao seu novo lar.
 — Ok. — caminhamos até o carro, colocamos as malas e então partimos do aeroporto.
 Enquanto o carro percorria as ruas de Manhattan, eu ficava mais e mais encantada. As lojas estavam apinhadas de gente provavelmente comprando os presentes de última hora. Era por volta das três da tarde e leves raios de sol refletiam na neve. Minha cara estava quase grudada no vidro de tão conectada que eu estava com a paisagem.
 — Chegamos, Bia. — disse Brian me tirando de meus devaneios enquanto o carro parava em frente a um daqueles tradicionais prédios nova-iorquinos. Em tons de marrom e detalhes em preto, a fachada deveria ser completamente simples à um olhar americano, mas pra mim, parecia como a casa dos sonhos. — Gostou, não é?




 — É linda! — eu disse não conseguindo parar de sorrir.
 — Espere só para ver por dentro.
 Descemos do carro e tiramos as malas. Brian falou algo com o motorista e então o carro sumiu pela rua abaixo.
 Ele tocou a campainha e depois de alguns segundos, uma mulher abriu a porta. Nos olhou e então viu as malas e abriu um enorme sorriso.
 — Você deve ser Beatrice, certo?
 — Sim, sou eu.
 — Muito bem vinda, querida! — ela veio até mim e me abraçou forte. — Sou Karen, sua mãe americana. — ela disse sorrindo ainda mais.
 — Obrigada. — eu sorri para ela, feliz por sua enorme hospitalidade. — Prazer em conhecê-la.
 — O prazer é todo meu. Venham, entrem.
 Brian me ajudou com as malas e logo estávamos sentados no sofá da sala.
 — E então, Beatrice, está animada por passar um ano aqui?
 — Pode me chamar de Bia. E sim, estou muito animada. Ainda não consigo acreditar.
 — Vem, vou te levar ao seu quarto ai você já poderá arrumar suas coisas. Meu filho e meu marido estão fora, mas logo mais a noite eles chegam.
 — Tudo bem.
 — Bia, eu vou indo, tudo bem? Falo com você amanhã. — disse Brian e então se despediu de mim e Karen e foi embora.
 Subimos as escadas para os quartos e eu achava tudo cada vez mais lindo. Minha casa em São Paulo era bem menor e muito mais simples. Tudo aqui era leve, mas ao mesmo tempo a casa tinha um charme imprescindível. A arvore de Natal na sala, a casa decorada com luzes e mais luzes, meias acima da lareira, era tudo como em uma cena de filme.
 Chegamos ao corredor e então vi quatro portas.
 — Essa primeira porta a sua esquerda é o meu quarto e o de Andrew. O próximo ainda a sua esquerda é o do meu filho, Lucas. A sua direita temos o quarto de hóspedes, e do mesmo lado, ao final do corredor é o seu quarto. Todos os quartos tem um banheiro, menos o de hóspedes. Um pouco antes do seu quarto, ao lado do quarto do Luke é o lavabo. — disse Alicia completamente normal com isso enquanto meu queixo parecia ir ao chão, mesmo que eu soubesse que ele permanecia no mesmo lugar.
 — Ual.
 — Não somos ricos, antes que pense alguma coisa. — ela disse rindo. — Apenas conseguimos ter uma boa casa e uma situação financeira estável.
 — Ainda sim, ual. Isso é muito pra mim. É tudo muito bonito. — eu disse ainda maravilhada.
 — Obrigada, querida. Venha, vamos conhecer o seu quarto. — ela puxou minha mão de modo doce e me levou até a frente do meu quarto. A porta era branca de madeira e eu me sentia ansiosa. — Pode abrir a porta. — ela disse sorrindo e então eu puxei a maçaneta, a empurrando. E então eu estava com o queixo caído novamente. O quarto era simplesmente, o quarto dos meus sonhos.




 — Meu Deus! Que lindo! — eu disse não conseguindo acreditar no que eu via.
 — Você gostou mesmo?
 — Eu amei! Muito obrigada, Karen!
 — Não precisa me chamar de Karen, pode me chamar de você, tudo bem?
 — Tudo.
 — Bem, vou deixá-la se organizar. Depois te chamo. — ela sorriu e então saiu do quarto fechando a porta.
 Corri para a cama e me joguei, agarrando o primeiro travesseiro que vi e abafei meu grito de felicidade. Me levantei rapidamente e comecei a pular na cama.
 Era real.

[...]

 Depois de algumas horas, consegui arrumar tudo e tomar um banho relaxante. Já era sete e quarenta da noite e Andrew e Lucas já haviam chegado. Eu estava apenas terminando de me trocar para descer e finalmente conhecê-los.
 Vesti uma calça jeans clara e uma blusa de frio bege junto de um Converse preto. Deixei meus cabelos soltos e coloquei apenas um colar de Coruja.





[...]

 O jantar foi tranquilo. Andrew e Luke – é, já fiquei intima – eram muito gentis. Conversamos sobre diversos assuntos, mas o Brasil foi o principal. Eles queriam saber tudo. Mas é claro que em uma noite não era possível falar. Mas teríamos tempo o suficiente pra isso.
 — Bem, Bia, nós vamos nos deitar... Está ficando tarde e amanhã, mesmo sendo véspera de Natal, trabalhamos meio período. — Karen disse e eu automaticamente peguei meu celular e verifiquei a hora. Meia noite e meia. Realmente estava tarde – pelo menos pra mim, que acordei cinco e meia da manhã.
 — Bom, eu também vou dormir. Estou muito cansada. — disse bocejando involuntariamente.
 Seguimos cada um para o seu quarto e quando eu ia entrar no meu, Luke me chamou.
 — Hey, Bia... Boa noite, irmãzinha. — ele disse rindo.
 — Boa noite, Luke. — eu sorri enquanto entrava no meu quarto.
 Tirei minha roupa e vesti um blusão qualquer, me jogando na cama logo em seguida, sendo tomada pela inconsciência imediatamente.


Justin POV


 — Então nós vamos mesmo pra New York, mãe? — eu disse enquanto enfiava mais dez M&M’s na boca.
 — Na verdade, vai só você com o Fredo, Selena e companhia. Eu vou ficar por aqui.
 — Vou passar meu Ano Novo então longe da minha diva inspiradora. — eu disse me levantando do banco da cozinha e seguindo até ela, a abraçando por trás.
 — Sim, sim, querido. Agora vou dormir. Descanse que amanhã temos muito o que fazer.
 — Ok, mãe.
 — Te amo, meu bebê.
 — Também te amo, demais. — eu disse e a beijei no rosto enquanto ela me devolvia o beijo na testa.
 Segui para o meu quarto e me joguei na cama, completamente exausto pelo dia cansativo. Eu estava muito feliz porque amanhã era Natal, mas mais do que isso, eu sentia que esse Ano Novo ia me trazer muitas surpresas.
 2012 vai começar maravilhosamente bem, ou pelo menos, eu sentia isso.



(Esse Josh é na verdade o Luke, ok, garotas? Falha no engano u_u)


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Eaaaaaaaaaaaaaaaaae u_u – acho que gostei de começar a falar com vocês assim, haha.
Tudo bom, coisas lindas?
Caracaaaaaaaaaa, Manolo! Esse ficou grande! Eu não conseguia parar de escrever '-'. Mas sabem o por que? Porque vocês são D-E-M-A-I-S!!!
Suas lindaaaas! Eu piiiro por saber que estão gostando tanto assim da #IB! Eu a estou fazendo com todo o meu coração!
Hoje eu não vou falar muito porque, né, já vai dar 22h e eu PRECISO DORMIR PRA IR PRA ESCOLA BABY.
Eu vou tentar postar amanhã também, mas não prometo nada. Depende do tanto de lição que eu tiver, kkk.
Um beijo com queijo e vinho da pessoa mais problemática do mundo,
@telih_moura

5 comentários:

  1. Amei a parte dos M&Ms! Haha, tao fofa... Meu, to amando demais, nao consigo nem explicar, é como se fosse uma Tv na minha cabeça a sua IB! Aiai... Ta lindo demais ja haha continua, bjs <3

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  2. ameeeeeei!!!!!! continuuua, porfavor ta perfeiiito!!!!!

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  3. Meeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeu Deeeeeeeeeeeus ! Ta muiiiito liiiindo Sz CONTIINUUA!

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